O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados próximos, acusados de planejar um golpe de Estado para permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Entre os aliados estão ex-ministros e assessores de alto escalão, incluindo Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Braga Netto (Casa Civil).
As acusações incluem formação de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e danos ao patrimônio público. A Procuradoria-Geral da República alega que os acusados tentaram incitar tumultos violentos, semelhantes à invasão do Capitólio nos EUA, com o objetivo de manter Bolsonaro no poder. Além disso, há suspeitas de que o grupo tenha considerado planos para assassinar figuras políticas proeminentes, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Bolsonaro nega as acusações, alegando perseguição política e afirmando que o processo visa impedir sua participação nas eleições de 2026. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar uma pena de até 40 anos de prisão.
Este caso representa um marco na história política do Brasil, sendo a primeira vez que um ex-presidente é processado por tentativa de subverter a ordem democrática. O julgamento está previsto para o final de 2025.
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